quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

2013 foi um ano pra lá de Bagdá!




Entre tapetes voadores, Ali Babás com suas 40 rodadas e os gênios da lâmpada desportiva atendendo a pedidos após esfregadinhas de mão, o futebol brasileiro termina o ano de 2013 com ares de Mil e Uma Noites, porém, sem nenhum glamour. Nem mesmo o 'Sheik' de Miguézir, único representante legítimo desse métier e grande negociador do setor automotivo, gostou do que viu e soltou seus pombos correios por toda a Arábia, em sinal de protesto.

Mas acontece que o Flamengo, oásis de moral e ética no meio desse deserto de gramas e tapetes verdes, não pode, nem deve, se prender a uma tempestade de areia de fim de ano.

Temos um ano mágico pela frente. Nossos potes de ouro não estão mais vazios, nossos camelos tem água de sobra pra beber, nossos turbantes rubro-negros e sagrados voltaram a impor respeito e os nossos guerreiros estão convidados para as melhores festas, nos melhores palácios da temporada vindoura.

Graças a Alah, o balancete do Mengão neste ano foi muito bom: Papamos o Cálice do Brasil,  os piratas do mar Cáspio tiveram suas caravelas devidamente afundadas, as odaliscas do sultão de Laranjeiras foram trancafiadas nos porões da vergonha para sempre e os pequenos eunucos de Soldado Severiano terão, certamente,  uma breve, porém histórica, participação honrosa de 180 minutos na repescagem da Libertadores.

Foi realmente um ano pra lá de Bagdá...e para alguns galináceos até, pra lá de Marrakech...


Cassius Oliveira


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